domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ser inteligente saiu de moda

        Na seção de Cartas da revista Planeta, me deparei com um comentário bem interessante sobre um artigo. Esse comentário faz uma síntese de umas opiniões que eu tenho a respeito do tema em questão.

"Com filhos na idade escolar, percebo o preconceito com que são tratados os alunos que buscam algo mais do que festas, badalações, e academiads. Não  há meio-termo: existe preconceito e até um certo racismo. Como serão feitas as descobertas, como haverá cura para as doenças que ainda não existem? Nesse ritmo, não teremos mais cientistas para descobri-las e um simples vírus poderá acabar com tudo. Acho que a mídia é um pouco culpada por isso, especialmente quando nos empurra ídolos cada vez menos qualificados, seja na  música, seja no esporte ou nas artes. Antes, para ser cantor habia um vestibular (concertor e festivais). Hoje, coloca-se uma pessoa nos programas dominicais e ela passa a valer milhões. As festas e os festivais são repletos de mau gosto cultural e baixarias." (João Antônio Silva Pinto)


Segue o link do artigo: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/457/artigo190661-1.htm

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Paradoxo de Zenão

“É impossível atravessar o estádio; porque, antes de se atingir a meta, deve primeiro alcançar-se o ponto intermediário da distância a percorrer; antes de atingir esse ponto, deve atingir-se o ponto que está a meio caminho desse ponto; e assim ad infinitum.
Por outras palavras, se admitirmos que o espaço é infinitamente divisível e que, portanto, qualquer distância finita contém um número infinito de pontos, chegamos à conclusão de que é impossível alcançar o fim de uma série infinita num tempo finito.”
  

Foi durante a aula de filosofia que meu professor falou sobre esse paradoxo, de tal modo como se estivesse correto. Particularmente, não simpatizo nenhum pouco com esses tipos de raciocínio que advém da filosofia e assim como a maioria (senão todos) considera como essa em particular ridícula.
                Bem, todos nós sabemos que é possível atravessar um estádio, e não vai ser esse jogo de pensamento filosófico que nos impedirá.  Como já foi dito, o paradoxo se baseia em uma divisibilidade infinita da distância a se percorrer. Mas, quanto mais dividimos a distância, mais rápido vai ser de percorrê-la. Então basta incluir o tempo na situação, para que não a vejamos como um absurdo.
                A proposta de Zenão era comprovar que não existia movimento, e este era nada mais do que uma ilusão causada pelos nossos sentidos. Além do “paradoxo do estádio”, ele propôs outros tais como o da corrida de Aquiles com uma tartaruga e o da flecha.

                                                                                                                                     Karl Vandesman

sábado, 23 de julho de 2011

Estudo X Diversão

Como as pessoas podem simplesmente passar horas “sem fazer nada”, seja jogando na internet, assistindo TV, dormindo, ou seja lá o que for, como eles se acomodam tanto? E é incrível saber que tantas lutas e mortes ocorreram para se conseguir liberdade de expressão, os direitos dos cidadãos, que os pais “se matam” de trabalhar para dar conforto, comida, roupas excelentes a seus filhos.

Mesmo com tudo isso, essas pessoas não se conscientizam desses esforços e mesmo que lhe digam, uma semana depois, irão esquecer. E é realmente uma tarefa bastante difícil conscientizar uma pessoa dessas sobre isso, com tantas influências que exercem sobre ela, como amigos, TV, Internet, que lhe proporciona milhares de passa-tempo.

Isso é um fato: muitas pessoas não conseguem conciliar trabalho ( ou estudo ) com diversão. Há pessoas (até muitas) que passam horas em frente de uma televisão diariamente, e isso é um absurdo. Outros, ao contrário, só sabem estudar/trabalhar e consequentemente mostra ser ansioso, estressado, bastante crítico, mesmo em horas de descontração.

Da mesma forma que é necessário estudar, é também preciso, claro, fugir disso e buscar uma atividade para aliviar a tensão, descontrair, se divertir.

Temos que ficar conscientes que existem e existiram muitas pessoas que lutaram e se esforçaram muito por nós e assim, dar o melhor de nós não somente para valer a pena o que fizeram, mas porque isso é bom para você! Então faça valer a pena, estude, e não leve isso como uma obrigação mas como uma atividade que pode lhe trazer prazer também, porque não?
                                                                                      Karl Vandesman

terça-feira, 12 de julho de 2011

Esse é um conto do dramaturgo, poeta e encenador alemão Bertold Brecht. Gostei, e resolvi colocar aqui. ;)

Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?

              Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adoptariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.

              Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres têm melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direcção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.

              O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.

              Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.

               Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.

              Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.

              Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas, etc.

Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar. 

domingo, 10 de julho de 2011

Lixo nas ruas

         Esse post vai ser uma mensagem bem rapidinha, destinado principalmente àquelas pessoas descuidadas que tem costume de jogar lixo na rua.
           
          Bem, sabe aquele dinheiro que seus pais, ou até mesmo você paga para o governo, chamado imposto? Pois é, saiba que é com esse dinheiro que você paga, que o governo realiza os serviços básicos (bem básicos ein) como educação, segurança, lazer, saúde e LIMPEZA. E de pensar que esse dinheiro podia ser investido na educação pública, por exemplo.

         E ai você faz questão de jogar lixo na rua para que o governo separe uma parcela dos impostos para limpar a cidade.  Mas, claro, é mais importante jogar lixo em qualquer lugar não é? Para quê vamos fazer o esforço colocando-o no lugar adequado? (Só pra esclarecer, estava sendo irônico).

                                                                       Karl Vandesman 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Estava lendo há algum tempo o livro de Machado de Assis Memórias Póstumas de Brás Cubas e ele vem causando em mim algo interessante, ou pelo menos eu acho que é o livro que está fazendo isso .-. .

Esse livro tem uma característica do Realismo que eu acho bem legal para se escrever estórias que é com a análise psicológica. Comumente o personagem, narrador, Brás Cubas, após algum evento ocorrido, descreve os seus pensamentos e tira conclusões lógicas, fazendo isso por estar em um lugar “privilegiado” que seria, como posso dizer... no “além”, morto, então a partir dos atos cotidianos vai criando filosofias que são em sua maioria até fúteis, mas ainda assim admiro essa maneira que Machado de Assis criou, da análise psicológica, sendo uma das principais características do Realismo.

E é com essa análise psicológica que eu, de algum modo, me inspiro e me da uma vontade de escrever.  :D
                                                                                              Karl Vandesman

                                                                                             

domingo, 3 de julho de 2011

Ausência

                Já faz um bom tempo que não posto nada né... Por causa da escola que toma boa parte do meu tempo, com atividades, trabalhos, provas e tudo mais. E também por preguiça mesmo pois já tenho umas coisas escritas e não passo logo pro PC.
               
                Mas agora já estou de férias e tenho bastante tempo livre pra postar o que já tenho escrito e começar a escrever mais. Férias ,pra mim, boa parto do tempo fico lendo e assim, vou criando opiniões sobre diversos assuntos,  e ai vem assuntos legais para escrever sobre, então espero que renda muitos artigos nessas férias. É isso, estarei postando algo em breve ^^ .